quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Islamismo 2.0

Embora a violência do islamismo 1.0 raramente obtém êxito no fomento da Sharia, a estratégia do islamismo 2.0 de trabalhar através do sistema se sai melhor.
Emprestando um termo usado na informática, se o Ayatollah Khomeini, Osama bin Laden e Nidal Hasan representam o Islamismo 1.0, Recep Tayyip Erdoðan (o primeiro ministro da Turquia), Tariq Ramadan (um intelectual suíço) e Keith Ellison (um congressista dos Estados Unidos) representam o Islamismo 2.0. Os primeiros matam mais pessoas mas os últimos representam uma ameaça maior à civilização ocidental.
 
A versão 1.0 ataca aqueles considerados como empecilho a sua meta de alcançar uma sociedade regida por um califado global e inteiramente regulado pela Shari'a (lei islâmica). As táticas originais do islamismo, do governo totalitário ao mega terrorismo, abrange uma brutalidade ilimitada. Três mil mortos em um ataque? A busca de Bin Laden por armas atômicas indica que o número de vítimas poderia ser cem ou até mil vezes maior.

Entretanto, uma revisão das últimas três décadas, desde que o islamismo se tornou uma força política importante, descobriu que a violência sozinha raramente funciona. Sobreviventes do terrorismo raramente capitulam diante do Islã radical - nem depois do assassinato de Anwar el-Sadat no Egito em 1981, nem dos ataques de 11 de setembro, dos ataques a bomba em Bali em 2002, dos ataques a bomba em Madri em 2004, dos ataques a bomba em Amã em 2005 ou das campanhas terroristas em Israel, Iraque, Afeganistão e Paquistão. O terrorismo causa lesão física e mata e intimida mas raramente subverte a ordem existente. Imagine se os islamistas tivessem causado a devastação do furacão Katrina ou o tsunami de 2004 - o que seria alcançado como efeito duradouro?

Violência não terrorista com o objetivo de implantar a Sharia não atinge mais êxito. Revoluções (com o significado de revolta social em larga escala) levaram os islamistas ao poder em apenas um lugar de cada vez - no Irã em 1978-79. Da mesma forma, o coup d'état (golpe de estado por militares) levaram os islamitas ao poder somente uma vez - no Sudão em 1989. O mesmo ocorreu com a guerra civil - Afeganistão em 1996.

Embora a violência do islamismo 1.0 raramente obtém êxito no fomento da Sharia, a estratégia do islamismo 2.0 de trabalhar através do sistema se sai melhor. Islamistas, adeptos da conquista da opinião pública, representam a principal força de oposição em países de maioria muçulmana tais como Marrocos, Egito, Líbano e Kuwait. Os islamistas se beneficiaram com o sucesso eleitoral na Argélia em 1992, em Bangladesh em 2001, na Turquia em 2002 e no Iraque em 2005.

Uma vez no poder, eles podem dirigir o país em direção à Sharia. Enquanto Mahmoud Ahmadinejad enfrenta a ira das manifestações de rua e bin Laden se encolhe de medo em uma caverna, Erdoðan se regozija com a aprovação pública, refaz a República da Turquia e propõe um modelo sedutor aos islamitas ao redor do mundo.

Reconhecendo este padrão, o teórico de outrora da Al-Qaeda repudiou publicamente o terrorismo e adotou os meios políticos. Sayyid Imam al-Sharif (nascido em 1950, também conhecido pelo nom de guerre Dr. Fadl) foi acusado de ajudar no assassinato de Sadat. Em 1988 ele publicou um livro sustentando a perpétua e violenta jihad contra o Ocidente. Entretanto, com o passar do tempo, Sharif percebeu a inutilidade dos ataques violentos e passou a defender a estratégia da infiltração no estado e influência na sociedade.

Em um livro recente, ele condenou o uso da força contra muçulmanos ("Cada gota de sangue derramada ou que estiver sendo derramada no Afeganistão e no Iraque é de responsabilidade de bin Laden e Zawahiri e seus seguidores") e mesmo contra não muçulmanos (o 11 de setembro foi contraproducente, pois "o que se ganha destruindo um dos edifícios do seu inimigo e ele destruindo um de seus países? O que se ganha quando você mata um deles e ele mata mil dos seus?").

A evolução de Sharif de teórico do terrorismo a defensor da transformação legal ecoa uma mudança bem mais ampla; assim sendo, como observa o escritor Lawrence Wright, sua deserção posa uma "terrível ameaça" à Al-Qaeda. Outras organizações islâmicas violentas no passado na Argélia, Egito e Síria reconheceram o potencial do islamismo legal e em geral renunciaram à violência. Também pode-se observar uma mudança paralela em países ocidentais; Ramadã e Ellison representam uma tendência florescente.

(O que se poderia chamar de Islamismo 1.5 - uma combinação de meios duros com meios brandos, de abordagens externas e internas - também funciona. Envolve islamistas legais com o propósito de acalmar o inimigo e em seguida a tomada do poder por elementos violentos. A tomada do poder pelo Hamas em Gaza comprova que esta combinação pode funcionar: vencer as eleições em 2006, depois executar uma insurreição violenta em 2007. É possível que processos análogos estejam acontecendo no Paquistão. O Reino Unido pode estar atravessando o processo inverso, através do qual a violência cria uma abertura política.)

Em resumo, somente islamistas, não fascistas ou comunistas, se deram bem além da força bruta para ganhar apoio popular e criar uma versão 2.0. Pelo fato deste aspecto do islamismo enfraquecer valores tradicionais e destruir liberdades, ele pode ameaçar o modo de vida civilizado até mais do que a brutalidade do 1.0.

 
Publicado no Jerusalem Post.

Original em inglês: Islamism 2.0

Tradução: Joseph Skilnik

Fonte: Mídia sem máscara



sábado, 28 de novembro de 2009

A unidade dos diferentes


“Para que todos sejam um, como Tu, ó Pai, o és em mim, e eu, em Tí; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que Tu me enviaste.” Jo. 17: 21

Jesus Cristo, mais do que quaisquer outras pessoas da sua época , conhecia com riqueza de detalhes o modus operandi e o jeitão de agir e de expressar os pensamentos de cada um dos seus discípulos. Nos capítulos anteriores Ele ministrara aulas preparativas quanto a Sua ida para o pai, e a necessidade de que os seus seguidores permanecessem nEle e na Sua Palavra, tranqüilizando-os quanto a essa aparente mudança de planos

(na ótica dos discípulos), pois os planos de Deus, são todos milimetricamente executados. E no projeto de Jesus Cristo estava o decreto do Pai quanto a tudo que ocorreria a partir daquele momento.

Agora havendo encerrado aquele seminário especial, ou mesmo o que poderia ser considerada “a aula da saudade”. E, que aula! Encontramos o Mestre de cabeça erguida, olhando para o Pai e fazendo a entrega da vida e dos projetos particulares e coletivos dos discípulos, de quem brevemente se ausentaria.

Lembro-me que desde a minha juventude sempre mantive a intenção de poder adquirir algum tipo de bem, para legar aos meus pósteres, descobri que não era o único a pensar assim. Agora vejo Jesus, que ao invés de pedir uma casa para aqueles “sem teto”, uma gleba para aqueles “sem terra”, ou mesmo algum tipo de apoio para que reclinassem a cabeça... Ele roga ao Pai, por meio de uma oração direta e simples: “Pai faze-os um”

Ele sabia das claras diferenças nos pensamentos e atitudes dos seus discípulos, mas tinha a mais profunda convicção de que poderiam ser um... E qual o segredo para manter a unidade entre pessoas tão diferentes, assim como nós?

Primeiro segredo: colocar Jesus no centro dos diferentes;

Segundo segredo: permitir que Ele administre as nossas diferenças:

Terceiro segredo: submeter a Ele a vaidade, a prepotência, e a arrogância, substituindo tudo pela humildade;

Quarto segredo: priorizar o próximo, servindo-o com alegria, expressando assim, o verdadeiro amor ... E assim, sejamos um.

Rev. José Salvador Pereira


terça-feira, 25 de agosto de 2009

XII ENCONTRO PARA A CONSCIÊNCIA CRISTÃ

A Visão Nacional Para a Consciência Cristã – VINACC. Já está ultimando os preparativos visando ao 12º Encontro Para a Consciência Cristã. O evento acontecerá de 10 a 16 de fevereiro de 2009.

Vários preletores já foram confirmados, a exemplo dos pastores Joaquim de Andrade-RJ, Luiz Sayão-SP, Hernandes Dias Lopes-ES, Antônio Carlos-RJ; o casal Gilson e Eliane Deferrari-RS.

Conheça o Encontro Para a Consciência Cristã
Visite o site: www.consciênciacrista.org.br